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Expira ultimato de jihadistas; Jordânia exige prova de vida de piloto

m um vídeo, o EI ameaçou executar o piloto jordaniano Maaz al-Kassasbeh no pôr-do-sol desta quinta-feira em Mossul

Amã, Jordânia - A Jordânia exigiu mais uma vez, nesta quinta-feira, uma prova de que seu piloto está vivo, antes de libertar a jihadista iraquiana que o grupo Estado Islâmico (EI) exige em troca do refém jordaniano e de outro japonês.

Em um vídeo, o EI ameaçou executar o piloto jordaniano Maaz al-Kassasbeh no pôr-do-sol desta quinta-feira em Mossul, reduto do grupo no norte do Iraque, caso a jihadista iraquiana Sajida al-Rishawi não fosse libertada. O ultimato expirou exatamente às 14H35 GMT (12h35 no horário de Brasília).

"Nossa posição, desde o início, é a de garantir a segurança e a libertação de nosso piloto para poder libertar a prisioneira Sajida al-Rishawi", declarou o porta-voz do governo jordaniano Mohammad Al-Momeni, afirmando que a iraquiana continua na prisão.

"Pedimos provas de que nosso piloto continua vivo, mas não recebemos nada até o momento", acrescentou Momeni pouco antes do fim do prazo dado pelos jihadistas

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"Nós não tivemos nenhuma indicação de que ele ainda está vivo", disse o pai do piloto, Safi. O governo não nos diz nada sobre as negociações e eu não acredito que eles estejam levando o assunto a sério. Não há nada que possamos fazer além de esperar".

A advertência do EI em uma gravação transmitida via contas no Twitter vinculadas ao grupo, foi formulada em inglês por uma voz que é provavelmente a do refém japonês Kenji Goto, segundo Tóquio.

Na quarta-feira, a Jordânia declarou estar disposta a libertar Sajida al-Rishawi condenada à morte por seu envolvimento nos ataques em Amã, em 2005, mas alertou que esperaria a libertação de seu piloto. Desde então, o EI não mencionou uma possível libertação do jordaniano.