O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para as 19H00 (hora de Brasília) desta quarta-feira para discutir intensificação da violência na fronteira de Israel e Líbano, afirmam fontes diplomáticas.
A França solicitou uma conversa urgente com o conselho de 15 membros depois que dois soldados israelenses e um pacifista espanhol da ONU morreram na troca de disparos entre forças israelenses e combatentes do Hezbollah.
A violência despertou temores de um novo conflito entre dois países, que lutaram durante uma guerra de um mês em 2006, em uma região já atormentada pelos conflitos com combatentes islamitas na Síria e no Iraque.
Tensões na região têm aumentado, especialmente depois de um ataque aéreo israelense no território sírio das Colinas de Golã, que matou seis combatentes do Hezbollah e um general iraniano no dia 18 de janeiro.
O embaixador de Israel para as Nações Unidas disse ao Conselho de Segurança em uma carta que Israel tomará todas as medidas para se defender em resposta ao ataque do Hezbollah.
"Israel não ficará parado enquanto o Hezbollah põe israelenses na mira", escreveu Ron Prosor na carta também enviada ao secretário-geral Ban Ki-moon.
O enviado israelense exigiu que o conselho condene o Hezbollah e que pressione o Líbano para desarmar os militantes islamitas como descrito nas resoluções da ONU.
Os confrontos começaram quando o Hezbollah disparou um míssil anti-tanque em um comboio militar na parte da fronteira ocupada por Israel, fazendo com que Israel respondesse com ataques aéreos e terrestres.
Um soldado espanhol de 36 anos da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) foi morto na troca de disparos.
As forças da Finul disseram que observaram seis foguetes disparados contra Israel do sul do Líbano e que forças israelenses "responderam com fogo de artilharia na mesma área".
O conselho vai se reunir à portas fechadas e ouvir o relatório de um experiente oficial pacifista que supervisiona as operações da Finul.
Israel ocupou partes do Líbano por 22 anos até 2000 e os dois países ainda estão tecnicamente em guerra.
Em 2006, Israel participou de uma guerra sangrenta contra o Hezbollah que matou mais de 1.200 pessoas no Líbano, a maioria civis, e cerca de 160 israelenses, a maioria soldados.