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Diretor de operações clandestinas da CIA entrega o cargo

Segundo a imprensa americana, Archibald trabalhou no Paquistão e na África e dirigiu um escritório encarregado da América Latina.

O diretor do Serviço de Operações de Inteligência da CIA, a Agência Central de Inteligência americana, entregará o cargo, no momento em que a direção da agência passa por uma profunda reforma, informaram funcionários de alto escalão do governo, nesta segunda-feira.

O diretor do National Clandestine Service "anunciou que se afastará temporariamente da agência, após longa e proeminente carreira", disse à AFP o porta-voz da CIA Dean Boyd.

A CIA não confirmou a identidade do funcionário, mas seu nome, Frank Archibald, já havia vazado em um tuíte em 2013. Segundo a imprensa americana, Archibald trabalhou no Paquistão e na África e dirigiu um escritório encarregado da América Latina.

A agência não quis confirmar se a saída do agente está relacionada com o plano de reestruturação interna projetado por seu diretor, John Brennan.


Entre outros pontos, o plano prevê o fim da separação histórica entre os serviços encarregados da ação clandestina e aqueles que se dedicam à análise de Informação, de acordo com ex-funcionários da agência.

Algumas mudanças já foram feitas nos últimos meses na Inteligência americana.

Em janeiro, a CIA perdeu seu inspetor-geral, David Buckley, que foi para o setor privado, após adotar uma postura crítica em relação a agentes do organismo em uma polêmica com o Congresso. Também foi designado o novo diretor-geral adjunto, David Cohen, que até então era subsecretário do Tesouro encarregado da luta antiterrorista.

Um novo diretor, o general Vincent Stuart, assumirá a direção de Inteligência militar (Defense intelligence Agency), após a renúncia de seu antecessor, em agosto passado, por não conseguir impor um plano para enviar um número maior de analistas ao terreno de operações.