O aumento do nível dos oceanos, o impacto do aquecimento em ecossistemas marinhos e a atividade sísmica ligada aos tsunamis são as prioridades das pesquisas oceanográficas americanas nos próximos 10 anos, determinou a Academia de Ciências em um informe publicado nesta sexta-feira.
"A próxima década e além deveria ser um período de possibilidades e de avanço no campo da ciência dos oceanos, com avanços que beneficiem a sociedade e a economia, não apenas no nosso país, mas no mundo inteiro", explicou Shirley Pomponi, co-presidente do comitê que redigiu o documento e diretora da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).
"Esperamos que este informe, que incorpora contribuições de vários cientistas, aporte à Fundação Nacional de Ciências (NSF, na sigla em inglês) e a outras agências federais uma visão e direção estratégicas para a ciência e a pesquisa oceanográfica", acrescentou.
Os autores do informe pedem também um reajuste do orçamento federal para financiar a pesquisa oceanográfica para um nível adequado, destacando a insuficiência dos recursos de 2000 a 2014 para manter a infraestrutura científica, como a frota de navios de pesquisa, equipamentos de perfuração no mar e observatórios marinhos.
Para o ano fiscal em curso, esta quantia se aproxima dos US$ 435 milhões.
Sem um aumento adequado do orçamento da ciência fundamental para a NOAA, a única solução seria reduzir o valor atribuído à infraestrutura de pesquisas, como navios, destacou o informe.