O Japão não recebeu nenhuma mensagem do grupo jihadista Estado Islâmico após a expiração do ultimato dado a Tóquio para que pagasse 200 milhões de dólares em troca de dois reféns japoneses em seu poder, indicou nesta sexta-feira um porta-voz.
"Não houve nenhuma mensagem" do EI, disse à imprensa o secretário do gabinete, Yoshihide Suga. "A situação é muito tensa", acrescentou. O ultimato expirou às 14h50 locais (03h50 de Brasília).
[SAIBAMAIS]
A rede de televisão pública japonesa NHK, em contato pela internet com um suposto porta-voz do EI, divulgou na manhã desta sexta-feira um trecho de uma conversa na qual seu interlocutor afirmava que mais tarde será divulgado um comunicado.
Na manhã desta sexta-feira, a mãe do jornalista independente Kenji Goto, sequestrado, ao que parece, pelo EI no fim de outubro, pede às autoridades japonesas que ajudem seu filho.
"Suplico, senhores do governo, por favor, salvem a vida de Kenji", declarou Junko Ishido em um comunicado.
Os jihadistas do EI exigiam o pagamento de um resgate de 200 milhões de dólares para salvar a vida de Goto e de um de seus amigos, Haruna Yukawa, que havia sido capturado e maltratado pelos combatentes islamitas em agosto, segundo um vídeo publicado na internet.
O porta-voz governamental repetiu que o Japão "não cederá às ameaças terroristas".