Ministros das Relações Exteriores europeus pediram nesta quinta-feira ao Congresso americano que se abstenha de adotar novas sanções contra o Irã para que as negociações sobre o programa nuclear sejam bem sucedidas.
"É essencial manter a pressão sobre o Irã com as sanções existentes", afirmaram os chanceleres de Alemanha, Frank-Walter Steinmeier; da França, Laurent Fabius; da Grã-Bretanha, Philip Hammond e a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, em uma coluna publicada no jornal Washington Post.
"Introduzir novos obstáculos nesta etapa crítica de negociações, com sanções complementares contra o Irã no tema nuclear, ameaçaria os esforços que estamos fazendo neste momento decisivo", acrescentaram. Neste sentido, pediram que o Congresso dê à via diplomática "as maiores possibilidades de êxito".
O Irã, que garante que seu programa nuclear está destinado a fins civis, busca obter em contrapartida um acordo que garanta a natureza pacífica deste programa e a suspensão das sanções econômicas que afetam duramente sua economia.
Mas vários congressistas americanos são favoráveis a adotar sanções suplementares, em contraposição ao presidente Barack Obama e seu secretário de Estado, John Kerry. Obama advertiu recentemente que vetará toda nova sanção que chegar a seu gabinete. "Ao invés de fortalecer nossa posição para negociar, novas sanções neste momento nos fariam retroceder", escreveram os diplomatas europeus, acrescentando que isto também pode "fraturar" a coalizão em torno das sanções atuais.
No entanto, advertiram que se o Irã violar o acordo alcançado em novembro ou não está disposto a aceitar um acordo integral "não teremos outra opção além de aumentar a pressão sobre eles". O 1; de julho é a data limite para chegar a um acordo. Mas depois de meses de negociações e dos prazos vencidos, os Estados Unidos disseram que espera concretizar um acordo político para 31 de março, deixando os detalhes técnicos para ser definidos antes de 30 de junho.