A polícia agiu na manhã desta quarta-feira em Kinshasa para dispersar novas manifestações antigovernamentais, enquanto eram ouvidos disparos na universidade, onde as forças de segurança enfrentavam estudantes, constatou a AFP.
"Nesta manhã estamos em plena operação porque há um movimento (de estudantes) perto da Unikin" (universidade de Kinshasa), declarou um porta-voz da polícia, Isra;l Mutumbo.
Uma jornalista da AFP ouviu dois tiros no campus universitário, quando um pequeno grupo de policiais enfrentava dezenas de estudantes que gritavam "Kabila, vá embora", em alusão ao presidente do país, Joseph Kabila.
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[SAIBAMAIS]Tudo isso ocorre após dois dias de sangrentos distúrbios na capital da República Democrática do Congo que deixaram 28 mortos, segundo uma ONG congolesa, e cinco, de acordo com as autoridades.
Os distúrbios explodiram na segunda-feira em Kinshasa em protesto pela possível adoção de uma controversa lei eleitoral que pode adiar a eleição presidencial e permitir ao presidente Kabila permanecer no cargo além de seu mandato, que termina em 2016.
O histórico opositor a Kabila, Etienne Tshisekedi, lançou na terça-feira a partir de Bruxelas um apelo a acabar com o regime que agoniza.