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Retomada dos confrontos no leste da Ucrânia 'preocupa' Moscou

Os bombardeios dos bairros residenciais foram retomados em Donetsk e há mortos de novo", declarou o porta-voz do Kremlin

A Rússia está "bastante preocupada" com a intensificação dos confrontos no leste da Ucrânia, o que levou o presidente russo, Vladimir Putin, a escrever uma carta a seu homólogo ucraniano, Petro Poroshenko, propondo-lhe a retirada das armas pesadas da frente de combate.

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"Estamos bastante preocupados com o desenvolvimento da situação. Os bombardeios dos bairros residenciais foram retomados em Donetsk e há mortos de novo", declarou o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, citado pelas agências russas de notícias.

"Nos últimos dias, a Rússia fez constantes esforços de mediação no conflito", disse Peskov.

De acordo com o Kremlin, Putin enviou na noite de quinta-feira uma carta a Poroshenko em que propõe "um plano concreto para a retirada da artilharia pesada da linha de frente".

"Infelizmente, a parte ucraniana rejeitou o plano proposto e não fez nenhuma contra-oferta. Além disso, os combates foram retomados", prossegue Peskov.

A Rússia nega as acusações do governo ucraniano de que fornece armas e combatentes à rebelião pró-russa do leste da Ucrânia, mas exerce o papel de mediador no conflito.

"A parte russa está disposta a usar sua influência sobre os rebeldes para convencê-los a aceitar tal opção para evitar vítimas civis", disse o ministério das Relações Exteriores russo em comunicado.

Os combates redobraram a violência nesta semana no leste da Ucrânia entre os rebeldes pró-russos e o exército ucraniano, provocando dezenas de vítimas civis e militares e suscitando o temor de confronto generalizado em toda a linha de frente.