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Erdogan provoca polêmica ao convidar presidente armênio para cerimônia

Erdogan convidou 100 chefes de Estado e de Governo, de todo o mundo, para as comemorações no dia 24 de abril, que relembram esta batalha da Primeira Guerra Mundial

Ancara- O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, provocou polêmica nesta sexta-feira (16/1) ao convidar seu homólogo armênio para as cerimônias do 100; aniversário da batalha de Galípoli, que ocorre no mesmo dia em que a Armênia relembra os massacres de 1915.

Erdogan convidou 100 chefes de Estado e de Governo, de todo o mundo, para as comemorações no dia 24 de abril, que relembram esta batalha da Primeira Guerra Mundial. Na longa lista, liderada pelo presidente americano, Barack Obama, figura o presidente armênio, Serge Sarkissian, em conflito com a Turquia pelo massacre de milhares de armênios a partir de 1915.

A Turquia rechaça o termo "genocídio", mas admite que houve massacres e que entre 250 mil e 500 mil armênios morreram na Anatólia entre 1915 e 1917 durante o Império Otomano. Os armênios afirmam que foram 1,5 milhão de mortos.

A Armênia rejeitou o convite de Erdogan e denunciou uma manipulação da história. A batalha de Galípoli teve início em 25 de abril de 1915, quando tropas inglesas, neo-zelandesas, australianas e francesas desembarcaram nesta península do noroeste da atual Turquia para tentar levar a guerra ao coração do Império Otomano, aliado da Alemanha.



Após nove meses de combates, os aliados tiveram 180.000 mortos e foram obrigados a se retirar. A Turquia recorda tradicionalmente este acontecimento no dia 24 de abril, data do início do massacre de 1915 contra os armênios.