Abuja- Uma representante das Nações Unidas e o presidente da CEDEAO cobraram nesta sexta-feira (16/1) uma reação contra os islamitas do grupo Boko Haram, que têm devastado o nordeste da Nigéria há seis anos e que estão exportando sua luta para países vizinhos.
[SAIBAMAIS]O presidente de Gana, John Dramani Mahama, que atualmente preside a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), declarou em uma reunião da organização que espera alcançar "um plano de ação específica para acabar com o problema do terrorismo na África".
"Nós não podemos sentar em silêncio, esperando de braços cruzados uma intervenção da comunidade internacional, enquanto nossos irmãos e irmãs são massacrados e queimados em suas casas e nas ruas de suas cidades e aldeias", continuou o presidente de Gana.
John Dramani Mahama fez eco das palavras da secretária-geral adjunta da ONU, Leila Zerrougui. "Vemos o Boko Haram se deslocar para os países vizinhos", declarou pouco antes em Abuja a representante especial para as Crianças e Conflitos Armados, acrescentando: "Isto requer uma resposta regional".
"É extremamente importante que a comunidade internacional, os países vizinhos e o governo nigeriano adotem medidas para garantir que isso cesse", insistiu. O Boko Haram controla quase toda a região de fronteira da Nigéria (nordeste), onde se encontram Níger, Chade e Camarões.
O exército chadiano se movimentou nesta sexta-feira em direção a Camarões para enfrentar os islamitas armados, acusados pela Anistia Internacional, Washington e Paris de "crimes contra a humanidade", após uma série de ataques mortais na Nigéria.