Um jovem americano, que declarou na internet seu apoio ao grupo jihadista Estado Islâmico, foi detido na quarta-feira em Ohio (norte) após comprar armas com as quais aparentemente planejava usar em um atentado contra o Capitólio, sede do Congresso americano, informou o governo.
Christopher Cornell, de 20 anos, é acusado de tentativa de assassinato contra empregados do governo americano e posse ilegal de armas de fogo, segundo um comunicado do departamento de Justiça.
Cornell tinha planos para atacar o Capitólio detonando bombas caseiras e depois abriria fogo com armas semiautomáticas contra os legisladores e outros empregados do congresso que saíssem fugindo da explosão, segundo o FBI.
O FBI assinalou que Cornell começou a ser vigiado em agosto após publicar na internet "comunicados, vídeos e outros conteúdos" em apoio ao grupo Estado Islâmico em contas que abriu no Twitter com o nome de Raheel Mahrus Ubaydah.
O jovem também expressou na internet seu apoio à Jihad e complacência por ataques violentos cometidos em diferentes países.
Um informante do FBI abordou Cornell, que após vários encontros, disse que considerava os membros do Congresso inimigos e que tinha a intenção de cometer um ataque contra a sede do legislativo.
"Creio que deveríamos empreender a Jihad com nossas próprias ordens e planejar ataques", escreveu Cornell em um correio eletrônico, segundo o FBI.
Cornell comprou na quarta-feira armas semiautomáticas e cerca de 600 munições com o objetivo de ir a Washington e matar os empregados que trabalhavam no Capitólio. O jovem foi detido imediatamente depois de comprar as armas e foi preso.
Cornell, segundo o FBI, aparentemente estava em contato com um líder da rede Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), considerado o grupo mais perigoso da Al-Qaeda baseado no Iêmen.
A AQPA reivindicou na quarta-feira o atentado contra a redação do Charlie Hebdo que deixou 12 motos no dia 7 de janeiro em Paris.
O presidente da comissão de Segurança Nacional da Câmara de Representantes, o republicano Michael McCaul, aplaudiu a ação do FBI e assinalou que devem ser feitas investigações mais amplas sobre o flagelo do terrorismo interno.
"Estes terrorista têm a intenção de atacar nosso país e estão tentando convencer os americanos residentes a se radicalizar, a abraçar sua versão do mundo perverso e a cometer atos de violência", afirmou McCaul, senador no Texas, em um comunicado.
O grupo Estado Islâmico, que controla amplas zonas no Iraque e na Síria, convocou os muçulmanos de todo o mundo a assassinar cidadãos dos países que fazem parte da aliança internacional, liderada pelos Estados Unidos, formada par atacá-los.