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Parlamento paquistanês denuncia como blasfema nova charge da Charlie Hebdo

O parlamento paquistanês considerou a charge uma blasfêmia e afirmou que "a liberdade de expressão não significa atacar ou ferir os sentimentos e as crenças religiosas"

Os parlamentares paquistaneses denunciaram de forma unânime nesta quinta-feira como blasfema a publicação de uma nova charge do profeta Maomé na capa da revista francesa Charlie Hebdo.

O Paquistão, o segundo país muçulmano mais populoso do mundo, com 200 milhões, condenou na semana passada o ataque contra a revista por dois jihadistas, que mataram 12 pessoas. Mas nos últimos dias o tom mudou.

[SAIBAMAIS]

Houve uma manifestação em Peshawar (noroeste) em homenagem aos irmãos Chérif e Said Kouachi, autores do ataque contra Charlie Hebdo.

Vários jornais em urdu, idioma nacional, denunciaram os insultos a Maomé, um crime passível de pena de morte no Paquistão por ser considerado blasfêmia.

A publicação na véspera da nova edição da Charlie Hebdo, feita pelos jornalistas sobreviventes do ataque, mostra na capa o profeta muçulmano chorando, o que causou revolta no mundo islâmico.



O parlamento paquistanês considerou a charge uma blasfêmia e afirmou que "a liberdade de expressão não significa atacar ou ferir os sentimentos e as crenças religiosas", segundo o texto de uma resolução adotada.