O Correio também conversou com o ativista de direitos humanos Ahmadu Jirgi, natural de Maiduguri e morador de Abuja. Ele relatou a história de Zainab Adamu, 24 anos, casada e mãe de quatro crianças, inclusive um bebê. A nigeriana e três filhos buscaram abrigo na casa dos tios do ativista. Segundo Ahmadu, assim que escutou os primeiros tiros, ela e a família tentaram correr sem rumo até chegarem ao Lago Chade. No desespero, algumas pessoas se lançaram nas águas e se afogaram. ;Ela carregava o bebê, enquanto o marido segurava outro filho. As outras duas crianças corriam a uma certa distância dos pais. Zainab me contou que podia ver os guerrilheiros dirigindo atrás deles e disparando aleatoriamente, além de pessoas tombarem mortas. O seu marido caiu, ela correu para ajudar, mas ele e o menino já estavam mortos. Ela tentou acordar a criança e um homem a arrastou dali. Caminharam por uns 100km até serem resgatados.;
Ontem, o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan defendeu o enfrentamento do Boko Haram para que valores como a tolerância e o pluralismo sejam protegidos da ;insurgência bárbara;. Por sua vez, o Itamaraty divulgou nota na qual ;reitera seu repúdio, nos mais fortes termos, a todo e qualquer ato de terrorismo e manifesta a solidariedade fraterna do povo brasileiro ao povo irmão e ao governo da Nigéria;.