A Casa Branca anunciou nesta quarta-feira (14/1), no âmbito da luta contra as alterações climáticas, um conjunto de medidas que visam a reduzir as emissões de metano, que representam perto de 10% dos gases de efeito estufa emitidos pelos Estados Unidos. O objetivo traçado pela administração norte-americana é reduzir as emissões de metano, ligadas à exploração e à distribuição de gás e de petróleo, entre 40% e 45% até 2025, em relação aos índices de 2012.
Com base em medidas já em vigor em vários estados, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) vai introduzir regulamentações específicas para novas instalações petrolíferas e de gás, mas também para as estruturas que sejam alvo de alterações. A agência vai apresentar as propostas no verão deste ano, e as regulamentações definitivas devem entrar em vigor no ano que vem.
O presidente norte-americano, Barack Obama, também deve propor, ainda este ano, regras mais restritivas, que garantam a segurança dos gasodutos, o que deverá contribuir para a redução das emissões de metano. Destacando que a produção de petróleo nos Estados Unidos está no nível mais alto em quase 30 anos, e que o país é atualmente o maior produtor mundial de gás natural, a Casa Branca ressaltou a necessidade de serem tomadas medidas necessárias para limitar as emissões de metano - poderoso gás de efeito estufa.
Segundo a administração norte-americana, as emissões de metano, associadas à exploração de gás e de petróleo nos Estados Unidos, desceram 16% desde 1990, mas podem aumentar mais de 25% até 2025, caso não existam esforços adicionais.
As questões ambientais são uma área particularmente sensível no meio político dos Estados Unidos. Os republicanos, que controlam o Congresso norte-americano, após as eleições parlamentares de novembro, se opõem a qualquer nova lei. Alguns republicanos contestam a veracidade das alterações climáticas, enquanto outros rejeitam a responsabilidade das atividades humanas no aquecimento global do planeta.
Em dezembro deste ano acontecerá, em Paris, uma cúpula do clima, na qual a comunidade internacional deverá assumir compromissos concretos de redução de emissões de gases de efeito estufa, em novo acordo sobre combate às alterações climáticas para substituir o Protocolo de Quioto, de 1997.