Na fatídica tarde de 7 de janeiro, durante a reunião de pauta com designers, jornalistas e convidados, Lila estava acomodada aos pés do seu favorito, Cabu, como Jean Cabut era conhecido. Segundo a jornalista e colunista da Charlie Hebdo, Sigol;ne Vinson, a cachorrinha costumava acompanhar as reuniões. Quando os irmãos Kouachi entraram no local, Lila saiu da sala assustada e começou a correr entre os escritórios. Suja com o sangue das vítimas, Lila permaneceu no local, entre os corpos, até a chegada da polícia.
A colunista, que estava no local na hora do ataque, disse ainda que foi poupada só pelo fato de ser mulher. ;Não vou te matar porque você é mulher e não podemos matar mulheres, mas você vai ter que se converter ao Islã, ler o Corão e usar o véu;, disse um dos terroristas.
Pelo companheirismo com todos que a cercavam, a sobrevivente Lila foi oficialmente apresentada como mascote da Charlie Hebdo. A pequena também ganhou espaço na tão esperada edição de hoje da revista. Confira um trecho do texto escrito por Sigol;ne Vinson: