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Papa Francisco pede respeito aos direitos humanos em visita ao Sri Lanka

Pontífice pregará pela reconciliação e a unidade durante esta viagem, que ocorre logo depois da surpreendente eleição de um novo presidente

Colombo, Sri Lanka - O papa Francisco pediu nesta terça-feira o respeito aos direitos humanos e a busca pela verdade no Sri Lanka, no início de uma visita de dois dias a este país, onde as feridas de uma longa guerra civil ainda não cicatrizaram. Francisco, que posteriormente viajará às Filipinas, pregará pela reconciliação e a unidade durante esta viagem, que ocorre logo depois da surpreendente eleição de um novo presidente.



Mostrando bom aspecto e sorridente, disse aos jornalistas franceses que o acompanham que "havia rezado pela França e voltará a fazê-lo" após os atentados que deixaram 17 mortos na semana passada.

A Ásia privilegiada

No Sri Lanka, país que conta com 70% de budistas, 12% de hindus, 10% de muçulmanos e 7% de cristãos, o diálogo interreligioso deverá tomar nota da mensagem do papa. Durante o dia Francisco se reunirá com líderes budistas, hindus e muçulmanos do país. A violência religiosa se multiplicou nos últimos anos na ilha, onde grupos budistas radicais atacaram igrejas e mesquitas para denunciar, segundo eles, a influência destas minorias religiosas.



Na quarta-feira, o papa realizará uma missa na beira do mar em Colombo que deve contar com a presença de um milhão de pessoas. Nesta ocasião, canonizará o primeiro santo do Sri Lanka, Joseph Vaz, um missionário proveniente da Índia no fim do século XVII, que, com a ajuda do rei budista, acabou com as perseguições contra católicos. Em um dos momentos mais emblemáticos de sua visita, o papa se dirigirá ao santuário mariano de Madhu, em zona tamil, uma região onde a guerra foi muito intensa.

Durante sua sétima viagem fora da Itália desde sua eleição, em 2013, Jorge Bergoglio se reencontrará com as multidões asiáticas, que já lhe deram uma acolhida triunfal em agosto na Coreia do Sul. Na quinta-feira viajará às Filipinas, com 85% de católicos, onde foram decretados cinco feriados por sua visita em Manila e são esperadas imensas multidões durante sua viagem.

Além de dois encontros com famílias e jovens, os momentos fortes serão a missa no Rizal Park de Manila, onde João Paulo II convocou milhares de fiéis em 1995, e um deslocamento de quase um dia à região de Tacloban. Nesta zona, atingida em novembro de 2013 pelo tufão Haiyan, celebrará uma missa perto do aeroporto e almoçará com trinta sobreviventes da tragédia.