[SAIBAMAIS]A justiça egípcia também anulou a condenação a quatro anos de prisão de seus dois filhos, Alaa e Gamal Mubarak, no mesmo caso de corrupção.
Em 30 de novembro, o Egito recebeu com indiferença o anúncio do abandono das acusações contra o ex-presidente por seu papel na morte de 846 manifestantes durante a revolta da Primavera Árabe, em janeiro e fevereiro de 2011. Este abandono foi motivado por obscuras "falhas processuais". O Egito é atualmente liderado pelo ex-chefe do Exército, Abdel Fattah al-Sissi, eleito presidente após a destituição do islamita Mohamed Mursi, em julho de 2013, e da sangrenta repressão de seus partidários.
A população, majoritariamente pró-Sissi e cansada por três anos do caos político e econômico existente desde a queda de Mubarak, não reagiu à libertação do ex-ditador. Já Washington, que retomou as relações com seu aliado-chave na região após as denúncias dos excessos da repressão após a destituição de Mursi, levou alguns dias para reagir. "Vamos ver como será conduzido o processo de recurso", comentou o Departamento de Estado.
As organizações internacionais de defesa dos direitos humanos acusam regularmente o novo regime de ser mais autoritário e repressivo do que o de Mubarak. Desde a destituição de Mursi, em 3 de julho de 2013, mais de 1.400 manifestantes pró-Mursi foram mortos pela polícia ou Exército e mais de 15 mil pessoas foram presas. Centenas foram condenadas à morte em julgamentos de massa.