Atenas, Grécia - O ministério grego da Economia alertou o partido de esquerda Syriza, favorito nas pesquisas para as eleições legislativas de 25 de janeiro, sobre a estreita margem de manobra da Grécia em matéria financeira a partir de março.
"As necessidades de financiamento são particularmente urgentes em março. O governo pode recorrer aos mesmos instrumentos do que no passado; ou seja, a emissão de títulos do Tesouro", explicou o ministro em um comunicado.
"Mas há dois limites importantes que podem fazer com que o governo se veja incapaz de cumprir suas obrigações, pagar os credores, etc", prosseguiu.
O ministro lembrou que a Grécia emitiu até dezembro 15 bilhões em títulos do Tesouro, atingindo a teto autorizado. Para ultrapassá-lo, é preciso uma autorização dos credores.
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"Dado o clima de incerteza que vigora, só os bancos gregos manifestam atualmente um interesse pela compra de bônus do Tesouro", afirmou o ministro. Por isso, "é necessário, depois das eleições, que os bancos tenham liquidez para comprar esta dívida".
Segundo o ministério, isso não acontecerá "se o Banco Central Europeu (BCE) cortar a liquidez aos bancos gregos", considerada a ausência de acordo entre o governo grego e seus credores da União Europeia e o Fundo Monetário Internacional sobre a auditoria da economia do país que vem sendo implementada há vários meses e que atualmente está suspensa.