Mais de um milhão de pessoas poderá participar neste domingo, em Paris, em uma manifestação histórica pela liberdade e democracia depois dos atentados jihadistas que enlutaram a França esta semana. No total, serão mobilizados 5.500 homens, entre policiais e soldados, inclusive 2.200 agentes encarregados de proteger a manifestação diretamente e os militares encarregados do restante da aglomeração parisiense, no âmbito do plano antiterrorista Vigipirate.
[SAIBAMAIS]Ao lado do presidente François Hollande, participarão da marcha a chanceler alemã, Angela Merkel, os chefes de governo italiano, Matteo Renzi, espanhol, Mariano Rajoy, e britânico, David Cameron. A presidente Dilma Rousseff será representada pelo embaixador do Brasil na França, José Bustani. O chanceler russo, Serguei Lavrov, e os primeiros-ministros israelense, Benjamin Netanyahu, e turco, Ahmed Davutoglu, também anunciaram sua participação, entre outros.
"Foram adotadas todas as medidas para que esta manifestação possa transcorrer em um clima de recolhimento, respeito e segurança. Todos os dispositivos estão adotadas para garantir a segurança" da grande marcha convocada após o massacre no jornal Charlie Hebdo, disse o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. Após participar na marcha, Hollande visitará a Grande Sinagoga de Paris, onde assistirá a uma cerimônia em memória das 17 vítimas dos atentados jihadistas.
Hollande se reuniu neste domingo com o presidente do Conselho Representativo das Instituições Judias da França (CRIF), Roger Cukierman. Ao final do encontro, Cukierman anunciou que o governo francês prometeu que as escolas judias e as sinagogas do país serão protegidas pelo exército se houver necessidade. Na véspera, uma maré humana de 700 mil pessoas foi às ruas de várias cidades francesas.
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Pelo menos cem mil pessoas protestaram em Toulouse (sul), 40.000 em Lille (norte), 30.000 em Pau (sudoeste) e dezenas de milhares mais em outras cidades para prestar uma homenagem aos 12 mortos no ataque armado ao semanário satírico Charlie Hebdo, a jovem policial abatida a tiros e as quatro pessoas mortas em uma tomada de refém em um mercado de comida kasher parisiense.
Em cidades como Orleans, Rouen e Marselha, os manifestantes saíram às ruas mostrando lápis e capas do semanário atacado, que perdeu cinco de seus cartunistas. Eles mostravam cartazes com inscrições como "não tenho medo" e "contra o obscurantismo".