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Benjamin Netanyahu pede à França que proteja instituições judaicas

Declaração foi feita após a tomada de reféns em um mercado kasher de Paris, nesta sexta-feira


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, solicitou à França nesta sexta-feira que mantenha um nível elevado de segurança em torno das instituições judaicas, após a tomada de reféns em um mercado kasher de Paris. "O premier Netanyahu pediu ao presidente da França que mantenha um nível de segurança elevado em torno das instituições judaicas mesmo após a normalização da situação", disse à AFP um funcionário israelense, após um contato telefônico entre o primeiro-ministro e o presidente francês, François Hollande.

"Nossos corações estão com as famílias das vítimas. Israel colocou a disposição toda a ajuda que a França possa necessitar", afirmou o funcionário, citando as palavras de Netanyahu. Israel já havia manifestado sua preocupação diante da "ofensiva terrorista" na França, após a tomada de reféns no mercado de produtos judaicos em Paris, dois dias após o ataque contra o jornal satírico parisiense Charlie Hebdo.

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"Israel acompanha com preocupação a situação em Paris", indicou o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, em um comunicado. "A ofensiva terrorista em curso há três dias não ataca unicamente o povo francês ou os judeus da França, mas a todo o mundo livre".

[SAIBAMAIS]Mais cedo, Netanyahu havia exortado a França e outros países confrontados a atos como o do massacre no jornal Charlie Hebdo a se unir em uma "ampla ofensiva" contra o islamismo radical. Netanyahu afirmou que França, Israel e os "países civilizados" enfrentam a mesma ameaça, ao receber o embaixador da França em Israel, Patrick Maisonnave, a quem entregou uma mensagem de condolências do povo israelense.

O massacre na sede parisiense do Charlie Hebdo deixou 12 mortos na quarta-feira. A tomada de reféns no mercado kasher nesta sexta provocou a morte de quatro reféns e do sequestrador.