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Estados Unidos fecham bases militares na Europa para reduzir gastos

A decisão decepcionou Grã-Bretanha e Portugal por seus potenciais prejuízos econômicos

Oficiais do Pentágono disseram nesta quinta-feira (8/1) que o governo americano fechará uma importante base aérea na Grã-Bretanha e vai se retirar de outras 14 instalações na Europa, no âmbito de uma reorganização de suas forças para reduzir gastos.

A chamada "consolidação" significará uma economia de cerca de US$ 500 milhões ao ano para os cofres do governo, mas não reduzirá seu poder militar na região - disseram fontes do Departamento americano da Defesa.

A decisão decepcionou Grã-Bretanha e Portugal por seus potenciais prejuízos econômicos para ambos os países.

O fechamento das bases e de várias instalações nos próximos anos deve reduzir o atual contingente de 67 mil militares americanos na Europa para apenas 1.200 homens, disse um oficial do Pentágono à AFP.

Lisboa se declarou "particularmente preocupada com as consequências da decisão para a economia e a sociedade da ilha de Terceira", enquanto o governo regional dos Açores classificou a decisão de "uma dura bofetada no rosto do Estado português".

A Grã-Bretanha relativizou os efeitos da decisão de Washington de se retirar da base de Mildenhall e se concentrou nos planos dos Estados Unidos de enviar esquadrões de aviões F-35 ao país.

"Nossa histórica relação com os Estados Unidos se mantém tão forte como sempre, e sua decisão de enviar ao Reino Unido seus primeiros esquadrões de F-35 na Europa reflete claramente uma estreita relação, assim como o compromisso americano com a Otan e a Europa", disse o secretário britânico da Defesa, Michael Fallon.