Jornal Correio Braziliense

Mundo

Policial morre no Cairo ao desarmar bomba na frente de um posto de gasolina

Um grupo jihadista assumiu a autoria do atentado

Um agente do Esquadrão Antibomba da Polícia egípcia morreu nesta terça-feira, no Cairo, quando tentava desarmar uma bomba na frente de um posto de gasolina, anunciou a corporação. Um grupo jihadista assumiu a autoria do atentado.

O Egito é palco de inúmeros atentados, em geral cometidos com bombas de baixa potência, e ataques contra policiais e militares desde o golpe militar contra o então presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho de 2013. A maioria é reivindicada por movimentos jihadistas, que alegam agir em represália à implacável e sangrenta repressão aos partidários de Mursi.

O atentado foi cometido na tarde desta terça-feira, no bairro de Giza, oeste da capital egípcia.

Um vídeo divulgado no site do jornal egípcio "Al-Yum al-Sabah" mostra o agente de costas, com seu uniforme de proteção, tentando desarmar o artefato que tinha nas mãos. A explosão então joga o agente para trás, arrancando seu capacete.

A deflagração matou esse capitão de polícia e feriu três funcionários do posto de gasolina, relataram oficiais à AFP, pedindo para não serem identificados.

A bomba estava escondida em um vaso de planta, à beira da estrada, segundo as mesmas fontes.

Em sua conta no Twitter, o grupo jihadista Ajnad Misr garantiu ter plantado a bomba no local. Essa não foi a primeira vez que o grupo assumiu a responsabilidade por um ataque à polícia na capital.

Na madrugada desta terça, dois policiais foram mortos por desconhecidos que abriram fogo sobre eles, no centro do país.

Segundo o governo, em um ano e meio, mais de 500 policiais e soldados foram mortos em ataques.