O piloto do avião da AirAsia pediu para ganhar altitude na tentativa de evitar as tempestades, mas não recebeu imediatamente a autorização por causa do intenso tráfego aéreo que havia no momento. Pouco depois, a aeronave desapareceu do radar. Djoko Murjatmodjo afirmou que todas as companhias aéreas indonésias serão, em breve, submetidas a um controle.
"A partir de segunda-feira, examinaremos todas as companhias aéreas na Indonésia, para verificar se há infrações dos corredores de voo, dos horários e dos planos de voo, incluindo todos os voos da AirAsia Indonésia", explicou o alto funcionário.
O dirigente de AirAsia Indonésia, Sunu Widyatmoko, disse à imprensa que a empresa não fará nenhum comentário antes que acabe a investigação.
Clima complica as buscas
O Airbus A320-200 que caiu no mar era explorado pela companhia AirAsia Indonesia, filial da companhia da Malásia AirAsia, elevando, assim, para tres o número de acidentes fatais para a aviação malásia em 2014, após a queda de outros dois aviões da companhia Malaysia Airlines (voos MH370 e MH17).
Soelistyo informou que uma forte corrente marinha dificulta, no momento, o trabalho do veículo submarino automático. O mau tempo registrado nos últimos dias tem atrapalhado a busca dos corpos e da fuselagem do Airbus A320-200, que desapareceu das telas de radar e caiu no mar durante uma tempestade.
As autoridades, contudo, enviaram mergulhadores para onde foram encontrados os destroços e tentarão encontrar mais corpos. "Neste sábado, a principal tarefa é encontrar e retirar (os corpos) das vítimas", disse Soelistyo.
Até agora, foram recuperados 30 corpos. As tarefas de busca contam 29 barcos e 17 aviões. A Rússia enviou dezenas de mergulhadores para participar das buscas, assim como dois aviões, um deles anfíbio, detalhou Soelistyo.
Os familiares das vítimas se preparavam neste sábado para novos enterros em Surabaya, de onde partiu o avião. Nessa cidade foi instalado um centro de crise para a identificação dos corpos.