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Autoridades indonésias anunciam ter recuperado 30 corpos do desastre aéreo

A bordo seguiam 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês, um malaio e um singapurense, além de sete tripulantes

As autoridades indonésias anunciaram hoje (2) que recuperaram 30 corpos das 162 pessoas que viajavam no Airbus 320-200 da AirAsia, que caiu no Mar de Java no domingo passado (28).

A Agência de Busca e Resgate da Indonésia informou que dez corpos estão em Surabaya, cidade da ilha de Java, de onde partiu o voo, e onde muitos familiares das vítimas aguardam notícias. Mais oito corpos a caminho de Surabaya, quatro estão em Bornéu e oito a bordo das embarcações que os recolheram do mar.

O comandante do navio indonésio Bung Tomo, coronel Yayan Sofiyan, declarou ao canal de televisão local MetroTV que pensam ter localizado, através de sonar, parte da cauda do avião. "Encontra-se no fundo do mar, a cerca de 29 metros de profundidade", afirmou.

O diretor da agência indonésia de busca e resgate, Bambang Soelistyo, ressaltou, porém, que a informação ainda não foi confirmada.



As operações de resgate foram suspensas até sábado, por já ser noite na Indonésia, embora prossigam os trabalhos de localização da fuselagem do aparelho e das caixas pretas da aeronave.

O voo QZ-8501 da AirAsia partiu de Surabaya a 28 de dezembro e devia aterrar duas horas depois em Singapura, mas caiu no Mar de Java, a meio do caminho. A bordo seguiam 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês, um malaio e um singapurense, além de sete tripulantes.

O piloto contactou a torre de controle da Indonésia, quando sobrevoava o Mar de Java, ao sul de Bornéu, e pediu autorização para virar à esquerda e subir dos 32 mil pés de altitude (9,76 mil metros) até 38 mil (11,59 mil metros) para evitar uma tempestade.

A torre de controle aprovou a viragem imediatamente, mas alguns minutos depois já não conseguiu estabelecer contato para autorizar a subida até 34 mil pés.

A Indonésia lançou uma operação internacional de busca e resgate, da qual participam vários países. O mau tempo e a forte ondulação na zona impediram, nos últimos dias, as buscas de vítimas e do aparelho, que deve se encontrar a uma profundidade entre 25 e 32 metros.

As buscas estão concentradas numa zona de 1.575 milhas náuticas quadradas - um décimo da superfície pesquisada na quinta-feira - com a participação de 29 navios e 17 aviões.