Chen Xiaohang, uma estudante universitária, foi até o local prestar sua homenagem à irmã de uma colega de estudos que morreu no acidente. Ela carregava um buquê de crisântemos brancos, que é a cor do luto na China. "Tudo isso me causa muita dor. Eu espero que no futuro o governo aja para que esses eventos tenham uma maior segurança", desabafou à AFP. "É ao governo de Xangai que se deve atribuir a responsabilidade pelo o que aconteceu. A maioria das jovens vítimas provavelmente eram filhos únicos em suas famílias", criticou Xu Jianzhong, um motorista de táxi, referindo-se à política de controle de la natalidade vigente na China.
[SAIBAMAIS]Segundo uma lista publicada nesta sexta-feira, 32 pessoas foram identificadas sobre entre as 36 vítimas. A pessoa mais jovem era um menino de 12 anos, e o mais velho 37. No total, 28 pessoas tinham 25 anos ou menos e 21 eram do sexo feminino.
Medo de incidentes
O presidente chinês, Xi Jinping, pediu uma investigação imediata sobre as causas da tragédia, segundo a Xinhua. A televisão transmitiu o discurso de Ano Novo do presidente, que foi repetido várias vezes, dando apenas uma breve cobertura da tragédia.
Na China as grandes concentrações são muito vigiadas porque não é a primeira vez em que pessoas morrem em tumultos deste tipo. No ano passado, 14 pessoas, entre elas várias crianças, morreram e outras 10 ficaram feridas em um tumulto quando distribuíam comida em uma mesquita da região de Ningxia. Também no ano passado, seis estudantes morreram em uma escola primária da cidade de Kunming, no sudeste do país, depois que uma escada ficou bloqueada acidentalmente.