Ramos foi morto na tarde de sábado a sangue frio junto a seu colega Wenjian Liu, de 32 anos, quando se encontravam em sua patulha estacionada em frente a um conjunto habitacional no Brooklyn, por um homem negro que se suicidou pouco depois.
O autor do ataque, Isamaaiyl Brinsley, havia justificado o crime nas redes sociais afirmando que queria vingar as mortes recentes de dois afro-americanos pelas mãos de policiais brancos.
[SAIBAMAIS]Evidenciando a persistente tensão entre o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e a polícia da cidade, centenas de oficiais que acompanhavam a cerimônia do lado de fora da igreja protestante Christ Tabernacle, no Queens, deram as costas para o telão quando o prefeito discursou.
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Bill de Blasio disse que Rafael Ramos foi um "herói, um homem de paz e de amor", e manifestou suas condolências "a outra família, a da polícia de Nova York, que sofre muito neste momento".
Alguns policiais acusam Blassio de ter sangue nas mãos por não apoiar adequadamente a corporação quando foi alvo de numerosos protestos após a morte dos jovens negros Mike Brown Ferguson (Missouri) e Eric Garner (Nova York) em ações da polícia.
Joe Biden foi aplaudido pelos policiais quando disse que "este assassinato tocou a alma do país". "Acredito que esta polícia e esta cidade incrivelmente diversificada mostrarão aos Estados Unidos como superar as divisões".
Com 40 anos, casado e pai de dois filhos, Ramos ingressou na polícia em 2012.
Seu velório na sexta-feira na igreja protestante Christ Tabernacle foi uma cerimônia emocionante na qual milhares de pessoas esperaram várias horas para passar em frente ao caixão, coberto com a bandeira verde, branca e azul da polícia de Nova York.