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Centrais nucleares da Coreia do Sul se preparam para impedir ciberataque

Na semana passada, um suposto hacker, que utilizava uma conta chama "presidente do grupo reator antinuclear", divulgou uma série de informações no Twitter sobre o design e manuais de dois reatores

A operadora das centrais nucleares da Coreia do Sul iniciou nesta segunda-feira um exercício de dois dias para testar suas capacidades para impedir um ataque cibernético, após uma série de informações divulgadas na semana passada por um hacker.

O exercício acontece nas quatro centrais nucleares do país, informou a KHNP (Korea Hydro and Nuclear Power Co), operadora de 23 reatores nucleares e responsável por 30% da energia elétrica do país.

"O exercício de dois dias permitirá constatar a segurança de nossas centrais nucleares para enfrentar ciberataques", disse o porta-voz da KHNP, Kim Tae-Seok.

Na semana passada, um suposto hacker, que utilizava uma conta chama "presidente do grupo reator antinuclear", divulgou uma série de informações no Twitter sobre o design e manuais de dois reatores, assim como dados pessoais dos 10 mil funcionários da KHNP.

Em outra mensagem divulgada no domingo, o hacker ameaçou revelar mais informações se o governo não fechar três reatores a partir de 25 de dezembro.



A mensagem adverte aos moradores das áreas próximas às centrais que se afastem dos locais nos próximos meses. A justiça sul-coreana abriu uma investigação, mas até o momento as autoridades não descobriram a pessoa responsável pelas mensagens.

Isto acontece no momento em que a Coreia do Sul está atenta para eventuais ataques cibernéticos procedentes da Coreia do Norte, depois que o presidente americano Barack Obama acusou Pyongyang de organizar um ciberataque contra a Sony Pictures nos Estados Unidos.