Promotores do condado de Los Angeles rejeitaram nesta terça-feira a acusação feita ao ator americano Bill Cosby por supostamente ter agredido sexualmente uma menor em 1974 na mansão do proprietário da revista Playboy.
"Tendo em vista que o suposto ocorrido foi cometido há 40 anos, a ação foi negada uma vez que o crime prescreveu", explicou em um documento judicial o promotor adjunto do distrito, Víctor Rodríguez.
Judy Huth denunciou o ator, no início de dezembro, por tê-la drogado e estuprado, causando-lhe danos psicológicos e ansiedade por toda vida, segundo alegou.
"Mesmo que houvesse alguma acusação, o limite para denúncias em 1974 para crimes sexuais era de três anos", apontou Rodríguez.
No início de dezembro, o ator contra-atacou, ao acusar Huth de extorsão, revelando que ela exigiu 250 mil dólares para suspender a ação.
O advogado do Cosby, Martin Singer, afirmou na denúncia apresentada que Huth lhe telefonou no dia 25 de setembro para pedir 100 mil dólares em troca do silêncio, quantia que elevou para 250 mil quando surgiram novas acusações.
Singer revelou ainda que a mulher tentou "sem sucesso vender sua história à imprensa marrom há cerca de dez anos".
Cosby, de 77 anos, muito famoso em todo o mundo graças à série "Bill Cosby Show", exibida nos anos 80 e 90, já foi acusado por pelo menos 20 mulheres de abuso sexual, incluindo estupro, que teriam sido cometidos sobretudo em sua época de maior sucesso, mas somente Huth prestou uma queixa formal.