Washington- O presidente Barack Obama assinará a lei adotada pelo Congresso americano autorizando novas sanções contra a Rússia, anunciou nesta terça-feira (16/12) a Casa Branca, destacando que o texto deixa uma margem de manobra em relação ao caminho a seguir.
"O presidente tem a intenção de assinar essa lei, já que ela preserva a "flexibilidade" sobre a oportunidade de impor novas sanções, afirmou Josh Earnest, porta-voz do executivo americano. Obama disse reiteradas vezes que acha "contraproducente" a imposição de sanções adicionais à Rússia sem a coordenação com a União Europeia.
"Se a Europa e os Estados Unidos estiverem divididos, será uma vitória estratégica para o presidente russo Vladimir Putin", disse o mandatário na semana passada. A lei aprovada por unanimidade no Congresso autoriza a adoção de novas sanções contra a Rússia e um aumento da ajuda militar, inclusive letal, à Ucrânia.
O secretário de Estado americano John Kerry disse nesta terça-feira (16/12) em Londres que só depende do presidente russo Vladimir Putin a suspensão das sanções adotadas por Washington e União Europeia que estão prejudicando a economia russa.
"As sanções podem ser suspensas em questão de semanas, ou dias, dependendo das decisões tomadas por Putin", disse Kerry, no dia de forte desvalorização do rublo russo apesar das medidas desesperadas do Banco Central.
"O objetivos das sanções é "deixar claro para a Rússia e para o presidente Putin que a anexação unilateral da Crimea, o contínuo apoio aos separatistas na Ucrânia, e a violação da soberania e integridade tem um custo", explicou o chefe da diplomacia americana. Kerry afirmou que não acredita que a situação econômica vivida pela Rússia seja consequência somente das sanções.