Os talibãs afegãos lançaram neste sábado uma série de ataques sangrentos que deixaram ao menos 19 mortos, confirmando uma intensificação de suas operações com a aproximação do fim da missão de combate da Otan no Afeganistão. Na capital, Cabul, ao menos seis soldados morreram em um ataque contra um ônibus do exército, segundo o ministério da Defesa, que indicou que o balanço pode ser mais grave, já que muitos soldados ficaram feridos e estão hospitalizados.
O ataque foi reivindicado pelos talibãs, que já haviam assumido pouco antes o assassinato, na manhã deste sábado, de um funcionário de alto escalão da Suprema Corte, também na capital. Atiqulá Raufi, chefe do secretariado da Corte, foi abatido quando saía de casa em direção ao trabalho, relatou a polícia.
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Também neste sábado, na província de Helmand, no sul do país, os talibãs mataram 12 funcionários que trabalhavam na remoção de minas. "Os talibãs atacaram com metralhadores e lança-foguetes os profissionais de desminagem quando eles estavam ocupados desativando um campo de minas", afirmou à AFP Omar Zwak, porta-voz do governo provincial de Helmand.
Zwak explicou que posteriormente ocorreram combates entre os criminosos e os soldados, durante os quais dois talibãs morreram e outros quatro foram detidos. O presidente afegão, Ashraf Ghani, condenou este ataque, classificando-o de "injustificável e anti-islâmico". Não é a primeira vez que os talibãs atacam trabalhadores de remoção de minas. Em 2011, sete profissionais foram decapitados na província ocidental de Farah.
Final da missão de combate
O Afeganistão foi palco nas últimas semanas de muitos atentados e ataques, aumentando as dúvidas sobre a capacidade do país de enfrentar a espiral de violência à medida em que diminui a presença da coalizão militar da Otan, liderada pelos Estados Unidos. A maior parte das forças da Otan no Afeganistão, que chegou a quase 130.000 soldados em 2010, acabará de entregar o comando às forças armadas afegãs no fim deste mês.
Diante da iminência desta data, e com a esperança de estabilizar o país, o presidente Ghani convocou os talibãs a negociar. Mas eles rejeitam até o momento um diálogo direto com o executivo de Cabul. As tropas da Otan, lideradas pelos Estados Unidos, invadiram o país em 2001, semanas depois dos atentados de 11 de setembro, e depuseram o governo talibã que dirigia o Afeganistão desde 1996.
Depois que sair, no fim deste ano, a missão de combate da Otan abrirá caminho para a "Apoio Decidido", uma missão de ajuda e formação do exército e da polícia afegãs, que lutam contra os talibãs. Cerca de 12.500 soldados estrangeiros, 9.000 deles americanos, seguirão no país no âmbito desta nova missão.
Para o chefe do executivo afegão, Abdullah Abdullah, a retirada das tropas da Otan do Afeganistão é muito abrupta, já que o país precisa de aviões militares e apoio aéreo, declarou em 7 de dezembro ao jornal britânico Sunday Times.
O ataque foi reivindicado pelos talibãs, que já haviam assumido pouco antes o assassinato, na manhã deste sábado, de um funcionário de alto escalão da Suprema Corte, também na capital. Atiqulá Raufi, chefe do secretariado da Corte, foi abatido quando saía de casa em direção ao trabalho, relatou a polícia.
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Também neste sábado, na província de Helmand, no sul do país, os talibãs mataram 12 funcionários que trabalhavam na remoção de minas. "Os talibãs atacaram com metralhadores e lança-foguetes os profissionais de desminagem quando eles estavam ocupados desativando um campo de minas", afirmou à AFP Omar Zwak, porta-voz do governo provincial de Helmand.
Zwak explicou que posteriormente ocorreram combates entre os criminosos e os soldados, durante os quais dois talibãs morreram e outros quatro foram detidos. O presidente afegão, Ashraf Ghani, condenou este ataque, classificando-o de "injustificável e anti-islâmico". Não é a primeira vez que os talibãs atacam trabalhadores de remoção de minas. Em 2011, sete profissionais foram decapitados na província ocidental de Farah.
Final da missão de combate
O Afeganistão foi palco nas últimas semanas de muitos atentados e ataques, aumentando as dúvidas sobre a capacidade do país de enfrentar a espiral de violência à medida em que diminui a presença da coalizão militar da Otan, liderada pelos Estados Unidos. A maior parte das forças da Otan no Afeganistão, que chegou a quase 130.000 soldados em 2010, acabará de entregar o comando às forças armadas afegãs no fim deste mês.
Diante da iminência desta data, e com a esperança de estabilizar o país, o presidente Ghani convocou os talibãs a negociar. Mas eles rejeitam até o momento um diálogo direto com o executivo de Cabul. As tropas da Otan, lideradas pelos Estados Unidos, invadiram o país em 2001, semanas depois dos atentados de 11 de setembro, e depuseram o governo talibã que dirigia o Afeganistão desde 1996.
Depois que sair, no fim deste ano, a missão de combate da Otan abrirá caminho para a "Apoio Decidido", uma missão de ajuda e formação do exército e da polícia afegãs, que lutam contra os talibãs. Cerca de 12.500 soldados estrangeiros, 9.000 deles americanos, seguirão no país no âmbito desta nova missão.
Para o chefe do executivo afegão, Abdullah Abdullah, a retirada das tropas da Otan do Afeganistão é muito abrupta, já que o país precisa de aviões militares e apoio aéreo, declarou em 7 de dezembro ao jornal britânico Sunday Times.