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Egito processará 71 estudantes acusados de ser da Irmandade Muçulmana

Centenas de estudantes já foram julgados por atos de violência nos campi, bastiões dos partidários do ex-presidente islâmico Mohamed Mursi

Cairo- A justiça egípcia processará 71 estudantes da prestigiada universidade Al Azhar, acusados de pertencer à Irmandade Muçulmana e de participar de reuniões ilegais, informou uma fonte judicial nesta segunda-feira (8/12).

Centenas de estudantes já foram julgados por atos de violência nos campi, bastiões dos partidários do ex-presidente islâmico Mohamed Mursi, destituído pelo exército em julho de 2013. Os 71 estudantes de Al Azhar foram presos durante vários confrontos com a polícia, na volta do ano letivo, disse a mesma fonte.



Eles foram acusados de participar em manifestações ilegais, fomentar distúrbios, atacar as forças de segurança e pertencer à Irmandade Muçulmana, de Mursi, classificada de "terrorista" pelas autoridades egípcias, acrescentou essa fonte.

Pelo menos 14 estudantes morreram em confronto com a polícia durante as manifestações nos campi durante o ano letivo anterior, encerrado no final de abril. Mursi e vários altos integrantes da Irmandade Muçulmana são julgados atualmente, e poderão ser condenados à pena de morte.