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Britânico é inocentado de assassinar esposa na África do Sul

A magistrada Jeannette Traverso disse que os argumentos dos promotores estavam "muito abaixo" do necessário para obter uma condenação

Uma juíza sul-africana absolveu nesta segunda-feira (8/12) o empresário britânico Shrien Dewani, acusado de ter encomendado a morte da esposa durante a lua de mel em 2010, ao alegar que a promotoria não havia apresentou um caso sólido o suficiente.

A magistrada Jeannette Traverso disse que os argumentos dos promotores estavam "muito abaixo" do necessário para obter uma condenação. Ela colocou o acusado em liberdade antes mesmo do fim do julgamento.

O Código de Procedimento Penal sul-africano prevê que um acusado pode ser libertado antes do final do processo, caso o tribunal considere que a acusação não tenha apresentado provas suficientes.

Shrien Dewani, um milionário britânico de origem indiana de 34 anos, era acusado de ter encomendado o assassinato da esposa Anni, de 28 anos - que também pertencia a uma grande família hindu, originária da Suécia -, ao simular um assalto em um táxi durante a lua de mel em Cabo, em 13 de novembro de 2010.



A promotoria alegava que o acusado é homossexual e queria escapar de um casamento arranjado. Desde o primeiro dia do julgamento, Dewani insistiu que é bissexual e que amava Anni.

A juíza afirmou nesta segunda-feira que o depoimento do taxista Zola Tonga era "altamente improvável". O motorista e um dos assaltantes, que cumprem longas penas de prisão, afirmaram que Dewani havia oferecido 15.000 rands (1.070 euros na cotação atual) pela morte de Anni.