Várias pessoas suspeitas de incendiar em 29 de novembro uma escola bilíngue hebraico-árabe de Jerusalém, símbolo de uma convivência possível entre israelenses e palestinos, foram presas neste domingo.
"A polícia e o Shin Beth (serviço de segurança interna) prenderam vários suspeitos", declarou à AFP Luba Samri, porta-voz da polícia israelense, que não deu outros detalhes sobre o caso.
Um dos advogados dos detidos, Itamar Ben Gvir, afirmou que não foi autorizado a encontrar seus clientes e que por isso entrará com um recurso.
Frases como ;Morte aos árabes; e ;Pare a assimilação; apareceram perto da escola, segundo a polícia, assim como "Kahan tinha razão", uma referência ao rabino Me;r Kahan, fundador do movimento racista anti-árabe Kach, assassinado em 1990 em Nova York.
O colégio atacado tem mais de 500 alunos e foi criado em 1998 pela associação "Hand in Hand" para promover o ensino bilíngue e a coexistência entre judeus e árabes. O norte de Israel também tem outras escolas do tipo.
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Em Israel, a grande maioria dos alunos israelenses e palestinos ou árabes frequentam escolas distintas.
Há vários anos, os colonos extremistas e os ativistas de extrema-direita israelenses organizam uma campanha de agressões e atos de vandalismo chamada de "O preço a pagar" contra os palestinos, os árabes israelenses, os locais sagrados muçulmanos e cristãos e até mesmo contra o exército israelense.