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Morre a rainha Fabíola da Bélgica aos 86 anos, segundo Palácio Real

Viúva do rei Balduíno, Fabíola reinou de 1951 a 1993

Agência France-Presse
postado em 05/12/2014 16:36
A morte ocorreu 'esta noite no Castelo de Stuyvenberg em Bruxelas', indica o Palácio em um comunicado
Brussels-
A rainha Fabíola da Bélgica, viúva do rei Balduíno que reinou de 1951 a 1993, faleceu nesta sexta-feira (5/12) à noite em Bruxelas aos 86 anos, anunciou o Palácio real.

"Suas Majestades o Rei e a Rainha e os Membros da Família Real anunciam com grande pesar o falecimento de Sua Majestade a Rainha Fabíola, ocorrida esta noite no Castelo de Stuyvenberg em Bruxelas", indica o Palácio em um comunicado.

Nascida Dona Fabíola de Mora y Aragón em 11 de junho de 1928 em Madri, em uma família nobre espanhola, casou-se com Balduíno em dezembro de 1960.

Desde a morte de seu marido em 1993, Fabíola se manteve discreta fazendo poucas aparições públicas, permanecendo à sombra do rei Alberto e de sua esposa, a rainha Paola.

Em julho de 2013, assistiu a passagem da coroa de seu cunhado Alberto II, que sucedeu Balduíno, para seu sobrinho Filipe, de quem era muito próxima.

Com o passar dos anos, foi perdendo a mobilidade devido a uma artrose, que a obrigou primeiro a se apoiar em uma bengala e depois a usar uma cadeira de rodas.

Extremamente católica, esta rainha deixou uma lembrança indelével em todo mundo, quando apareceu no enterro de Balduíno toda vestida de branco, em sinal de esperança e crença na ressurreição.



O grande "sofrimento" do casal, nas próprias palavras do monarca, foi nunca ter tido filhos. Fabíola teve cinco abortos espontâneos. "Compreendemos que nosso coração era mais livre para amar as crianças, absolutamente todas", declarou em uma ocasião.

Mas em 2013, Fabíola se viu no centro de uma polêmica que abalou sua imagem e debilitou a monarquia, quando a imprensa revelou que ela tinha criado uma "fundação privada" destinada a ajudar seus sobrinhos e sobrinhas, bem como obras culturais e sociais que promoviam suas convicções católicas. Fabíola resolveu acabar com sua fundação e limitou ainda mais suas saídas públicas.

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