Quito- A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) busca se fortalecer como bloco regional com um acordo fundamental para a livre circulação de seus 400 milhões de habitantes, que está sendo discutido nesta sexta-feira (5/12), último dia de uma cúpula no Equador.
"Precisamos de medidas concretas para projetos importantes, como o proposto por nosso secretário-geral (Ernesto Samper): o da cidadania sul-americana, que é a melhor expressão da verdadeira integração", declarou o presidente equatoriano Rafael Correa.
"O dia 5 de dezembro de 2014 será lembrado como o dia em que relançamos a Unasul olhando para novas políticas e ações", escreveu Samper em sua conta no Twitter. Na quarta-feira, durante o primeiro dia de discussões no porto de Guayaquil (sudoeste), Samper falou sobre seu projeto de acordo para eliminar os obstáculos à livre circulação no território sul-americano de 18 milhões de km2.
O ex-presidente colombiano explicou que o plano prevê que os habitantes da região possam circular, trabalhar e estudar em qualquer país do bloco com apenas um "passaporte sul-americano."
Caso seja concretizado, este será o principal acordo da cúpula da Unasul no Equador e um dos mais importantes desde a fundação do bloco em 2008, junto com a "cláusula democrática" que isola eventuais governos numa região com uma sangrenta história de ditaduras e controversos golpes. Este último acordo entrou em vigor em março.
Oito dos 12 líderes da organização participaram das discussões neste último dia. Além de Correa, participam os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner; da Bolívia, Evo Morales; do Brasil, Dilma Rousseff; da Colômbia, Juan Manuel Santos; do Paraguai, Horacio Cartes; do Suriname, Desiré Bouterse; e Venezuela, Nicolás Maduro.