Jérusalem - A ruptura de um oleoduto derramou milhares de metros cúbicos de petróleo na noite de quarta-feira (3/12) no deserto do sul de Israel, perto da fronteira com a Jordânia, afirmou o ministério de Ecologia.
Até o momento não foram divulgadas as causas deste vazamento, que foi contido, informaram à AFP o ministério e a Eilat Ashkelon Pipeline Company (EAPC), a empresa que explora o oleoduto.
O vazamento ocorreu às 20h45 e deixou uma mancha negra de vários quilômetros no deserto, afirma o ministério, acrescentando que os danos ambientais estão sendo avaliados. Foi o equivalente a "1.000 metros cúbicos, ou seja, 40 caminhões-tanque, que se esparramaram ao longo da estrada", indicou à AFP o médico Guilad Golub, diretor-adjunto da Agência governamental israelense para a proteção do meio ambiente.
[SAIBAMAIS]O incidente foi nos arredores de Beer Ora, 20 km ao norte de Eilat e perto da fronteira com a Jordânia. Atingiu um trecho do oleoduto em construção que transporta petróleo de Eilat, no mar Vermelho, a Askhelon, no Mediterrâneo, informou um porta-voz da EAPC, Ronen Moshe. "Não suspeitamos de um ato de sabotagem", explicou Golub.
Quatro israelenses precisaram ser atendidos por problemas respiratórios e dezenas de jordanianos se dirigiram a dois hospitais de Aqaba, afetados pelo forte odor de petróleo que era sentido até em Eilat, 20 km ao sul do local do incidente, segundo este funcionário da agência israelense.
A zona atingida é uma reserva natural protegida, e os especialistas temem que o petróleo penetre no solo, levando várias semanas para os rastros do vazamento desaparecerem, acrescentou.