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Pelo menos 10 policiais morrem em ataque de rebeldes na Chechênia

O movimento islamita Emirado do Cáucaso reivindicou os ataques e revelou que ocorreram por ordem do novo líder do grupo, o xeque Ali Abu Muhammad

Moscou -Pelo menos 10 policiais morreram e 28 ficaram feridos nesta quinta-feira (4/12) em confrontos com insurgentes islamitas no centro de Grozni, capital da Chechênia. Além dos 10 integrantes das forças de segurança, nove criminosos morreram, informaram as autoridades russas e o presidente checheno Ramzan Kadyrov.

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O Comitê Antiterrorista informou que um grupo de rebeldes atacou durante a madrugada uma área na estrada e depois a "Casa da Imprensa" de Grozni, sede de vários de meios de comunicação.

O movimento islamita Emirado do Cáucaso reivindicou os ataques no site ;kavkacenter; e revelou que ocorreram por ordem do novo líder do grupo, o xeque Ali Abu Muhammad. "Vários combatentes entraram na cidade. Combateremos até a morte", afirma um homem em checheno em um vídeo divulgado pelo mesmo site.



Muitos rebeldes estão cercados nos andares superiores do edifício da imprensa, segundo o Comitê Nacional Antiterrorista. "Outros estão na escola e estão fortemente armados", afirmou o presidente checheno. De acordo com Kadyrov, as operações das forças de segurança estão chegando ao fim.

Os últimos confrontos na Chechênia, região instável que envolveu a Rússia em duas guerras nos últimos 20 anos, aconteceram algumas horas antes de o presidente russo, Vladimir Putin, fazer seu discurso anual sobre o estado na nação.

No início de outubro, cinco policiais morreram e 12 ficaram feridos em uma explosão quando tentavam evitar um atentado suicida em Grozni. Após a primeira guerra da Chechênia (1994-1996) entre as forças federais russas e os separatistas, a rebelião foi assumindo um caráter religioso até se transformar, no início dos anos 2000, em um movimento islâmico armado em todo o Cáucaso Norte.

Os rebeldes caucasianos enviaram muitos combatentes para o grupo Estado Islâmico (EI), implantado no Iraque e na Síria. Ao que parece, o EI apoia a luta dos jihadistas chechenos contra o governo russo. O EI divulgou recentemente um vídeo com a ameaça de provocar uma guerra na Chechênia.