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HRW protesta por detenção de duas mulheres na Arábia Saudita

A ONG exigiu nesta quarta-feira a libertação imediata de duas mulheres, uma das quais foi detida ao volante de seu carro na fronteira com os Emirados Árabes Unidos

Dubai - A ONG Human Rights Watch (HRW) exigiu nesta quarta-feira a libertação imediata de duas mulheres, uma das quais foi detida ao volante de seu carro na fronteira com os Emirados Árabes Unidos, e o levantamento da proibição discriminatória de que mulheres dirijam na Arábia Saudita.

Uma motorista saudita, Lujain Hathlul, de 25 anos, proveniente dos Emirados Árabes Unidos (EAU), foi detida na província Oriental de seu país depois de ter tentado na segunda-feira entrar no reino ao volante de um carro, indicou na terça-feira uma ativista à AFP.

Uma jornalista saudita com base nos EAU, Maysa Alamudi, de 33 anos, que foi até a fronteira para apoiar seu compatriota, também está detida em outra prisão, mas não se sabe quais acusações pesam sobre as duas mulheres.

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Depois de ter exigido sua libertação sem condições, a organização HRW, com sede em Nova York, voltou a criticar as autoridades sauditas pela proibição de que mulheres dirijam.

"Depois de anos de falsas promessas para colocar fim a estas restrições absurdas às mulheres, as autoridades sauditas continuam prendendo-as apenas porque estão ao volante", criticou Sarah Leah Whitson, diretora da HRW para Oriente Médio e África do Norte.

"As restrições degradantes do governo saudita às mulheres são uma vergonha para o país, e não para as valentes ativistas que se erguem (na defesa) de seus direitos", acrescentou em um comunicado.

A Arábia Saudita, reino ultraconservador que aplica um Islã rigoroso, é o único país do mundo no qual as mulheres não têm o direito de dirigir.