Francisco, que tem grande popularidade entre católicos, judeus e muçulmanos, pretende mostrar com fatos que o diálogo é possível entre as religiões e que é possível trabalhar juntos pela paz. A viagem pode ser considerada delicada, já que a Turquia, com 76 milhões de habitantes, tem 99% da população muçulmana e passa por um momento de tensão pelos conflitos no Iraque e na Síria, o que motivou confrontos internos entre curdos e turcos.
A visita estará marcada por grandes medidas de segurança e não foram programados passeios de papamóvel. O pontífice também visitará o mausoléu de Kemal Ataturk, fundador em 1923 e primeiro presidente da moderna República da Turquia, após a queda do Império otomano ao fim da Primeira Guerra Mundial.
No sábado, dia 29, viajará a Istambul, onde percorrerá o Museu de Santa Sofia e a Mesquita Azul. Depois celebrará uma missa na catedral católica do Espírito Santo e participará de uma oração com o patriarca ortodoxo de Constantinopla. No domingo, Francisco participará da festa de Santo André na Igreja Patriarcal de São Jorge que terminará com a bênção ecumênica e a assinatura de uma declaração conjunta com o patriarca. Na ocasião provavelmente lembrará a histórica visita de Paulo VI à Turquia em 1967, a primeira de um Papa a este país.