O secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon pediu ao Prêmio Nobel da Paz José Ramos-Horta para dirigir um grupo de especialistas encarregado de refletir sobre as operações de paz, depois da morte de dezenas de Capacetes Azuis.
O ex-presidente de Timor Leste tratou do tema esta semana com seu grupo de especialistas e tentará definir os meios de melhorar estas operações em distintos pontos do planeta e obter contribuições - em dinheiro e em soldados - para reforçar suas atividades.
"A situação das operações de manutenção de paz no geral mudou muito, em certos casos para pior", explicou à AFP José Ramos-Horta.
Pela primeira vez em seus 66 anos de história, o orçamento para as operações de paz superou os 8 bilhões de dólares, enquanto que o número de soldados que servem sob a bandeira da ONU atingiu seu número recorde de 130 mil homens, contra 20 mil de há 15 anos.
Ramos-Horta anunciou que o grupo de especialistas tentará convencer as potências emergentes como Brasil, China, Índia, Turquia ou Egito da necessidade de aumentar suas contribuições, tanto em termos financeiros quanto humanos e logísticos.