Barwala - A polícia da Índia anunciou nesta quarta-feira (19/11) a descoberta dos corpos de quatro mulheres e de um bebê em um ;ashram; de um guru procurado por assassinato na região norte da Índia.
As forças de segurança encontraram os corpos, um dia depois de terem entrado no monastério hinduísta do autoproclamado guru Rampal Maharaj, de 63 anos, procurado por um caso de assassinato. Houve confronto com cetenas de seguidores que cercavam o local há vários dias. Os simpatizantes jogaram pedras e coquetéis molotov nos policiais, que usaram bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar a multidão.
Uma sexta pessoa, seguidora do guru - que sofria de problemas cardíacos -, morreu quando era levada para o hospital, explicou o diretor geral da Polícia, SN Vashist. "Todos os corpos foram levados para o hospital onde serão realizadas necropsias para analisar as causas exatas de sua morte", disse Vashisht.
A polícia acredita que o bebê de 18 meses faleceu por causas naturais. As forças de segurança intensificaram as buscas por Maharaj, de 63 anos, em uma área de quase cinco hectares, onde as autoridades acreditam que ele está escondido.
Alguns seguidores afirmaram que foram mantidos contra sua vontade no ;ashram; de Maharaj, que se considera uma reencarnação de Kabir, poeta místico do século XV.
"Já resgatamos 10.000 pessoas e restam cerca de 5.000 lá. Vamos salvar a vida delas e prender o homem que buscamos", afirmou Vashisht. "A maior parte dos que saíram do ;ashram; disse ter sido mantida contra a sua vontade como escudos humanos para proteger o guru em caso de uma ação policial", declarou à AFP Jashandeep Singh, outra autoridade policial da região.
A Índia registrou vários escândalos semelhantes nos últimos anos, em sua maioria protagonizados por hindus que afirmam possuir poderes místicos. Em 2013, um deles foi acusado de agressão sexual contra uma menor de idade.