Minsk - A Rússia afirmou nesta terça-feira (18/11) esperar que suas relações com a UE não tenham alcançado um "ponto de não retorno" em consequência do conflito ucraniano, depois que os europeus adotaram novas sanções contra os separatistas pró-Moscou.
"Esperamos que o ;ponto de não retorno; não tenha sido alcançado", disse o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, citado pela agência estatal TASS, em uma reunião na capital de Belarus, Minsk
"Nos interessa o desenvolvimento das relações com a Europa", completou Lavrov, antes de uma reunião em Moscou com o colega alemão, Frank-Walter Steinmeier.
Lavrov reiterou o desejo de Moscou pela criação de um "espaço econômico e humanitário comum", de Lisboa ao porto russo de Vladivostok, uma ideia defendida pelo presidente Vladimir Putin, mas recebida com frieza pela União Europeia.
Lavrov também insistiu que as autoridades ucranianas devem respeitar a trégua estabelecida em setembro e iniciar conversações com os separatistas pró-Rússia do leste, com o objetivo de encontrar uma solução para o conflito que já matou 4.100 pessoas.
O ministro criticou Kiev, que para ele "embarcou em uma corrida para asfixiar social e economicamente o sudeste". "Espero que nossos colegas ocidentais, que têm influência sobre as autoridades de Kiev, percebam o perigo", completou.
A UE ampliou na segunda-feira as sanções a vários separatistas pró-Rússia, mas evitou impor novas medidas contra a Rússia por seu envolvimento no conflito.