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União Europeia se prepara para lutar contra sacolas plásticas descartáveis

O conselho e o Parlamento europeu fecharam um acordo que exige dos países a imposição da cobrança sobre as sacolas plásticas antes de 2018 ou a limitação do seu consumo anual a 90 unidades por habitante até 2019

Bruxelas - Os governos e os parlamentares europeus decidiram na noite desta segunda-feira (17/11) combater as sacolas plásticas descartáveis para impedir que contaminem o solo e os mares do continente, informou uma fonte europeia.

O conselho, que representa 28 Estados-membros, e o Parlamento europeu fecharam um acordo que exige dos países a imposição da cobrança sobre as sacolas plásticas antes de 2018 ou a limitação do seu consumo anual a 90 unidades por habitante até 2019.

Em 2025, o consumo anual não deverá superar as 40 sacolas por habitante, destacou este projeto de lei, que o Conselho deverá avalizar na sexta-feira, e a comissão de Meio Ambiente do Parlamento, na segunda-feira.

Os países escandinavos e os parlamentares europeus pressionaram pela adoção dessas medidas, e conseguiram derrubar a resistência dos países do leste europeus. As sacolas plásticas, chamadas "leves" (com espessura inferior a 50 micrômetros), distribuídas ainda em grande quantidade nos supermercados, são os principais alvos.



Mais de 90% dos 100 bilhões de sacolas plásticas na UE estão nesta categoria. Segundo a Comissão Europeia, as micropartículas plásticas das mais de 8 bilhões dessas sacolas contaminam o meio ambiente todos os anos.

No entanto, o Reino Unido, que conta com uma importante indústria plástica, conseguiu adiar a proibição das sacolas biodegradáveis até que sejam divulgados os estudos cientistas e de impacto sócio-econômico, que a Comissão se comprometeu a fazer.

Os ambientalistas suspeitam que essas sacolas, supostamente biodegradáveis graças a um tratamento químico, são nocivas para o meio ambiente e a saúde, após se decompor em finas partículas.

Na União Europeia, dinamarqueses e finlandeses contam com um consumo anual de quatro sacolas plásticas por habitante, contra as mais de 460 de portugueses e poloneses.