Hong Kong - Três líderes das mobilizações estudantis em Hong Kong denunciaram neste sábado que foram impedidos de pegar um voo para Pequim, onde pretendiam pedir por mais democracia ao regime comunista.
Os dirigentes da Federação de Estudantes de Hong Kong (HKFS), liderança do movimento que paralisa há seis semanas vários bairros da ex-colônia britânica, disseram à AFP que funcionários da companhia aérea Cathay Pacific os informaram sobre o cancelamento de sua permissão para embarcar. "Eles não conseguiram os documentos exigidos para viajar", declarou à imprensa o número dois da HKFS, Lester Shum, em referência à autorização emitida por Pequim que permite aos cidadãos de Hong Kong a viajar para a China continental.
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O dirigente da Federação, Alex Chow, junto a Nathan Law e Eason Chung, pretendia ir a Pequim para discutir com representantes do regime chinês "a reforma política" e "a questão de um país, dois sistemas", explicou em um comunicado o órgão estudantil. Os manifestantes pró-democracia pedem a Pequim o sufrágio universal pleno em 2017, quando será eleito o novo chefe do Governo de Hong Kong e exigem a renúncia do atual governante.
O número de pessoas presentes nos protestos está consideravelmente reduzido nas últimas semanas, mas ainda ocupam importantes passagens de trânsito da cidade, perturbando o transporte público e a atividade comercial.