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Dilma defende maior cooperação entre o grupo do Brics para superar crise

Em reunião com os chefes de Estado do Brics, a presidente destacou que o quadro econômico mundial não melhorou conforme o ritmo previsto durante o último encontro do grupo

A presidenta Dilma Rousseff defendeu, na noite da última sexta-feira (14/11), que os países que integram o grupo do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - reforcem a cooperação para superar as atuais dificuldades econômicas mundiais. Durante reunião com os chefes de Estado do Brics, a presidente destacou que o quadro econômico mundial não melhorou conforme o ritmo previsto durante o último encontro do grupo, em Fortaleza (CE).

;Infelizmente, a situação da economia mundial não avançou muito desde julho. Chegamos ao final de 2014 vendo frustradas nossas expectativas iniciais de recuperação da economia mundial;, declarou Dilma. ;Os países avançados não conseguiram uma recuperação consistente e o comércio internacional não cresce o suficiente para estimular os países emergentes. Pelo contrário. Estamos assistindo a uma queda do preço das commodities que sinaliza o enfraquecimento da economia internacional e vai comprometer a renda e o crescimento de alguns [países] emergentes;, completou a presidenta.

De acordo com Dilma, a queda no preço das commodities - produtos primários com cotação internacional - reflete ;uma reacomodação da economia mundial; às perspectivas de futura alta do dólar americano.

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Defendendo a importância dos países avançados recomporem sua demanda interna aos níveis anteriores ao início da atual crise econômica mundial, ;em vez de tentarem resolver seus problemas ampliando suas exportações;, a presidenta destacou a importância da aprovação de criação do Banco de Desenvolvimento do Brics e do Acordo Contingente de Reservas. ;Fundamentais para potencializar nossa atuação econômica e financeira;, acrescentou.

O encontro entre os chefes de Estado dos cinco países que compõem o Brics aconteceu pouco antes do início da 9; Cúpula do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo e a União Europeia. A cúpula acontece em Brisbane, Austrália, onde a diferença em relação ao horário de Brasília são 12 horas a mais.

Neste sábado (15/11), Dilma discursará na primeira sessão plenária da cúpula, após participar de almoço oferecido a todos os chefes de Estado pelo primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, e de uma cerimônia aborígene de boas-vindas ao país anfitrião.

Os países do G20 representam cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 60% da população do planeta. Além da infraestrutura, a regulação financeira e a troca automática de informações tributárias são temas que foram debatidos ao longo do ano em diversas reuniões e que terão seu desfecho nesta cúpula. Um dos tópicos deve tratar da melhoria da capacidade dos grandes bancos de absorver perdas caso tenham problemas e fiquem à beira da falência.