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ONU diz ser imperativo que regime de Pyongyang responda por seus crimes

A Assembleia Geral das Nações Unidas poderá estudar na próxima semana uma declaração defendida pela União Europeia e pelo Japão

Seul - É imperativo que os dirigentes norte-coreanos respondam por seus atos ante a justiça internacional, declarou nesta sexta-feira (14/11) um funcionário da ONU, que acusa o regime de crimes contra a humanidade.

Marzuki Darusman, representante especial da ONU para a situação de direitos humanos na Coreia do Norte, considera que se os crimes cometidos por seu antecessor antes de sua chegada ao poder não forem punidos, o novo líder norte-coreano Kim Jong-Un se tornará cúmplice deles.

A Assembleia Geral das Nações Unidas poderá estudar na próxima semana uma declaração defendida pela União Europeia e pelo Japão, que propõe ao Conselho de Segurança levar os dirigentes norte-coreanos ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade.

O texto se baseia em um devastador relatório de uma comissão de investigação da ONU, que considera que centenas de milhares de presos políticos morreram nos campos durante os últimos 50 anos, gradualmente eliminados por fomes, execuções, torturas e estupros.



Pyongyang nega a veracidade deste informe e realiza uma contraofensiva diplomática para obstruir o projeto. "Que as coisas fiquem claras: é imperativo que prestem contas", enfatizou Marzuki Darusman.