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Polêmica entre comandantes da segurança de Israel por ofensiva em Gaza

O comandante do Estado-Maior escreveu uma carta ao primeiro-ministro israelense, publicada nesta quinta-feira (13/11) pelo jornal Yedhiot Aharonot, na qual nega as acusações

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, repreendeu o comandante do Estado-Maior e o chefe da Segurança Interna, ao afirmar que os dois não devem demonstrar em público as divergências sobre o recente conflito em Gaza.

Netanyahu afirmou que as questões devem ser resolvidas entre os serviços de segurança e não em público, durante uma reunião na quarta-feira com o comandante do Estado-Maior, Benny Gantz, e o diretor do Shin Beth (a agência de segurança israelense), Yoram Cohen, na presença também do ministro da Defesa, Moshe Yaalon

O premiê lembrou que os dois têm a "responsabilidade nacional" de manter a segurança dos israelenses e de uma cooperação total para alcançar o objetivo. As tensões que já existiam entre o exército e o Shin Beth chegaram à opinião pública na segunda-feira, depois da exibição de uma reportagem no Channel 2.

No programa, vários diretores do Shin Beth afirmaram, sob anonimato, que advertiram em janeiro que o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, preparava uma ofensiva para julho, o que acabou acontecendo. De acordo com as fontes, o exército não levo as advertências a sério.



O comandante do Estado-Maior escreveu uma carta ao primeiro-ministro, publicada nesta quinta-feira (13/11) pelo jornal Yedhiot Aharonot, na qual nega as acusações e denuncia "falhas éticas e morais" do Shin Beth. A polêmica coincide com a onda de violência em Jerusalém, Israel e Cisjordânia nas últimas semanas, o que provoca o temor de uma nova intifada.