Montreal - A ex-vice-primeira-ministra do Canadá Sheila Copps revelou, nesta segunda-feira (10/11), que foi violentada "há 30 anos" por um conhecido, além de ter sido agredida sexualmente por um deputado, aumentando, assim, o número de denúncias parecidas feitas nos últimos dias no país.
Em um artigo publicado no semanário político "The Hill Times", Sheila contou que foi "violentada" há "mais de 30 anos" por alguém que conhecia. Ela denunciou o ocorrido à polícia, que se limitou a advertir o agressor para que mantivesse distância. Segundo ela, a polícia considerou que seria "impossível" obter um "veredicto de culpa" contra ele.
Ela contou ainda que foi agredida sexualmente por um deputado no início de sua carreira, quando tinha o mesmo cargo, aos 28 anos. No início da década de 1980, Sheila fazia uma rodada de consultas sobre a "violência contra as mulheres", quando foi agredida por um companheiro.
"Tentou me encostar na parede e me beijar", escreveu no artigo, acrescentando que ele não voltou a tentar "depois que eu lhe dei um chute onde mais dói". Sheila decidiu não denunciá-lo, ao ver que isso seria apenas "um gesto fora de lugar".
Essa revelação se soma a outros dois casos similares no país que vieram à tona nos últimos dias e que levaram a opinião pública a retomar o debate sobre a violência contra a mulher.
Na semana passada, dois deputados canadenses foram suspensos de seus partidos no Parlamento de Ottawa após serem acusados de assédio sexual por duas colegas de outra bancada.