Moscou - O presidente russo Vladimir Putin acusou nesta segunda-feira (10/11) as forças ucranianas de atirar "constantemente" contra a área da queda do Boeing MH17, abatido em julho sobre o leste da Ucrânia, impedindo uma investigação objetiva.
Não são rebeldes pró-russos, mas "a outra parte que atira constantemente na área, o que impede os (especialistas internacionais) de trabalhar integralmente no local da queda", declarou Putin, citado pela agência Ria Novosti, durante um encontro em Pequim com o primeiro-ministro malaio, Najib Razak.
No entanto, ele "elogiou (o fato de) especialistas da Malásia terem sido finalmente autorizados a participar plenamente no inquérito" sobre a tragédia que fez 298 mortes.
"Estou certo de que seus especialistas trarão uma contribuição indispensável" a esta investigação, disse Putin. O presidente russo também voltou a expressar suas "sinceras condolências às famílias das vítimas e a todo o povo da Malásia".
Os Boeing 777 da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, foi abatido por um míssil em 17 de julho no leste da Ucrânia em uma área controlada pelos rebeldes.
Logo após o desastre, os Estados Unidos e Kiev afirmaram que o avião, que fazia o trajeto Amsterdã-Kuala Lumpur, foi atingido por um míssil Bouk fornecido aos rebeldes pela Rússia. Moscou negou e, por sua vez, acusou as forças ucranianas de responsabilidade na tragédia.