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Estados Unidos e Irã buscam acordo sobre programa nuclear iraniano

A reunião coincide com a revelação de que Obama teria enviado uma carta ao líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, para tentar alcançar um acordo

Mascate - Estados Unidos e Irã tentavam neste domingo, em Omã, avançar um acordo sobre o programa nuclear de Teerã, apesar das "grandes diferenças" entre os dois países.

"Continuam existindo diferenças importantes. Quiçá não consigamos", reconheceu o presidente norte-americano, Barack Obama, em entrevista concedida à rede de televisão CBS.

Enquanto isso, o secretário de Estado norte-americano John Kerry se reunia com seu homólogo iraniano, Mohamad Javad Zarif, no marco de negociações lideradas pela representante da União Europeia Catherine Ashton.

[SAIBAMAIS]

Irã e o chamado 5%2b1 (Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Estados Unidos mais Alemanha) querem chegar a um acordo antes de 24 de novembro apesar de persistirem os desacordos sobre quais capacidades o programa nuclear iraniano deve ter.

Em resposta às suspeitas dos ocidentais, Teerã sempre negou que seu programa teria objetivos militares e garante que é exclusivamente civil.

Entre os principais pontos de negociação estão o nível de enriquecimento de urânio - um material suscetível de ser usado na fabricação de bombas atômicas - e o ritmo de levantamento das sanções econômicas ocidentais que recaem sobre a economia iraniana.

"Agora a pergunta é se poderemos superar essas diferenças para que (o Irã) possa reintegrar a comunidade internacional, que as sanções sejam suspensas e que tenhamos garantias comprovadas e firmes de que uma bomba nuclear está sendo desenvolvida", explicou o presidente norte-americano durante a entrevista.

A reunião coincide com a revelação de que Obama teria enviado uma carta ao líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, para tentar alcançar um acordo.

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Na carta, Obama teria ressaltado os interesses regionais comuns de Irã e os países ocidentais, no que poderia ser uma referência à luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

O Irã, país muçulmano xiita, e os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas desde 1979. Mas cada vez mais a República Islâmica é considerada um país capaz de desempenhar um importante papel para restabelecer a estabilidade no Iraque e na Síria.